sábado, 23 de maio de 2009

Somos muito mais do que percebemos...

     Enquanto a imortalidade física não chega continuaremos a gravar os nossos pensamentos mais criativos, que pareçam ser "novidade", de forma a justificar a existência da parte intelectualmente ativa da população.

A medida que nos formamos intelectualmente, nos parece que nada mais há para acrescentar no livro da humanidade (tamanha a massa de conhecimentos que nos é apresentada). O que não foi visto deve ser muito complexo ou não interessa...

Somos levados por um ato reflexo de nossa cultura a tomar por verdade aquilo que foi dito ou escrito por "autoridades" no assunto.

A massa de conhecimentos oferecida ao estudante é tal que sua vida é curta para um estudo sério dos mesmos. E as pessoas ainda precisam estudar, sustentar-se, procriar, divertir-se, ... . Temos os mosteiros, conventos e outras entidades que procuram concentrar a atividade humana em uns poucos objetivos para conseguir profundidade. Mas sempre colocando o pensamento dentro da camisa de força dos dogmas ou preceitos que não podem ser discutidos.

O radicalismo é muito combatido. Provavelmente porque dificulta a tomada de decisões. Ou seja, é confundido com o fanatismo. Mas ser radical significa estudar a origem da questão, pois um erro cometido na origem será multiplicado ao longo do desenvolvimento do assunto. Se detectarmos um erro na raiz evitaremos uma perda de tempo preciosa e, na maioria das vezes, grandes confusões. Embora a autoridade, "experiência" em algum conhecimento, deva ser respeitada, deve-se evitar a extensão desta autoridade à assuntos em que não haja vivência para sustentá-la.

Evitar o deslumbramento aplicado à pessoas aparentemente brilhantes em um determinado campo. Por outro lado, devemos procurar inovar. Apenas aperfeiçoar ou estender determinado conhecimento talvez não mude significativamente os passos da humanidade.

Devemos ter em mente que muitos aspectos do nosso cotidiano estão presos à rotinas ineficientes por "tradições, hábitos, dogmas" fazendo-nos repetir erros, alguns já milenares. Temos de acreditar que somos capazes de não só nos equipararmos com os pesquisadores que nos antecederam como até de ultrapassá-los. Para que nossa criatividade frutifique. Para que os conhecimentos e meios que hoje temos acesso (e que eles não dispunham) produzam resultados usando nossa mente como meio de expressão.

Pessoas radicais terão dificuldades de conviver com a maioria dos grupos existentes. Até consigo mesmos...

Quando você entra num grupo surge uma pressão muito grande para que "pense como os componentes deste grupo"... Na verdade, os grupos tendem a se comportar como novas criaturas. Daí a dificuldade para pessoas radicais e ou criativas de se enturmarem. É mais aceitável serem gurus de grupos. Mestres de ordens. Lugares onde o grupo afina com seus pensamentos e tem necessidade de seguir uma orientação e não de criarem suas próprias verdades.

Em realidade, o pesquisador tem dificuldades em difundir seus pontos de vista, se não dispuser de práticas adequadas ao que está afirmando... Este blog vai receber toda minha experiencia de vida, passada, presente e futura...

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